terça-feira, agosto 13, 2013

Vômito poético

A mente, em suas elocubrações
decola do real ruma ao simbólico
logo vê qual reino estóico
A universalidade, e suas reificações.

Frente a tal pluralidade
Em desconserto o indivisível se partiu
E a razão ainda em sua mocidade
Se foi levando a humanidade

Eles vêm trovando em meus versos
mentiras escondem seus fins
agora os clarões da razão tão escassos
só vertem presságios ruins.

E de novo aquela confusão cínica
nos sobrevêm sem igual, tão lírica,
E nos desvela em florescer atrofiado
Irradiando sobre nós o pecado.

Que ruas tão selvas!
Lixeiras, perigos, janelas!
Sobrevieram delírios solares
Da lua amarulada saudosos olhares
doces e febris entorpecendo-me a visão.

Assim permaneço refém da realidade
insolita e renitentemente vilipendiado
Sem medo trago as naus da liberdade
Pois na terra de Deus, fiz-me diabo.

E não há alma,
Senão a duras penas...

2 comentários:

*por p. disse...

É... alma, pecado, Diabo... somos todos um pouco disso tudo. E gostamos! Belissímo!

Abraço

*por p. disse...

Ainda não sei pra onde levam... mas estou indo...

obrigada pela visita!
Abraço