terça-feira, dezembro 27, 2005

O tempo

O de um dia inteiro pensando nisso foi meu dia
E agora piso a lama e a pedra em ficção
Trama no terror da brisa fria
Tateando os astros sem vida,

Consumida, desgastada no vento
e o tempo apenas a observar
Nas suturas escapa pútrida aura
Do quente o vazio acaba por velar

A certeza finda a esperança em erros
Soluçando nos respingos os passos de perdição
Sobre o terreno das vitorias cessam-se os vôos

Quase caio em confuso fuso de insanidade
Tradução real, nas mãos tao perto
Só o incerto faz pensar, vãs ilusões...

quinta-feira, novembro 03, 2005

Ser insano ser

Intenso vento soprou janelas batem
Restaram dali só novos velhos tempos
Cansados banhos de obviedade
Sob guarda de um silêncio alto acobertados

Há minha desforra há sim
Que ainda trará de volta
Virá pra minhas bandas
O áspero perfume da verdade

Dera saltos, pensava voar
Quero-me livre qual grou andino
Que agora o tempo não teme mais

Fodam-se, livre é o pensar
É água mole em mente sã que é pedra pura
Só descendo rua, em fartura de ilusões